quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Derby Vermelho


Calma, não fumo.

Quer dizer, de vez em quando sim.

Mas resolvi parar de vez, mesmo os fumos esporádicos, pois estou com uma gripe horrível, sem voz.

Ontem fui parar no hospital, com febre, sem voz, passando mal. Fiz vários exames e, mesmo estando mal e com os pulmões dilatados, a médica disse que é um gripe muito forte. Me encheu de remédios e me deu o dia, que eu já havia perdido no hospital do convênio.

Hoje estou de volta ao trabalho, com voz de quem fumou Derby Vermelho a vida toda, com febre, mal estar, sem internet, sem uma parte do teto, que desabou no final de semana (falarei sobre isso em outro post).

Estou me sentindo péssima, mas ainda tenho que encarar mais seis aulas. E tudo isso, usando o material digital do governo, sem ter internet disponível tendo, mais uma vez, que bancar internet pro governo, roteando a minha.

Sério, já estou cansada disso!!! Dessa vez, parece que mudaram as senhas de todas as redes e sequer avisaram aos gestores das escolas.

A situação é cada vez mais precária, como minha saúde e como as escolas como a minha, que tem mais de 70 anos, fiação velha que não suporta nem o nosso modelo de tomada atual.

É triste, muito triste.

Mas o que importa é que na TV, tudo é muito lindo, perfeito, e funciona muito bem...

Acho que vou fumar um Derby para me acalmar... Mentira!!!rs

terça-feira, 25 de junho de 2024

Insalubridade!!!





Hoje cheguei no meu limite... Mais uma vez!!!!

Eu nunca tinha me dado conta do quão violento e hostil é meu ambiente de trabalho.

E não falo da gestão de onde estou, pois são maravilhosas, mas das pessoas a quem tento ensinar.

Você pede para aluno sentar e ele não se senta. Quando você olha no fundo da sala, vê um garoto e uma garota brincando de se estapear na cara e, quando peço para parar, riem os dois dizendo que estão brincando.

Peço para ver os cadernos, para tentar fechar as notas do bimestre e eles não me ouvem, pois estão se xingando, dando mata-leão um no outro e fingindo que não existo.

Eu sei que esses jovens se sentem os donos do mundo e estão "cagando" para a educação, para os professores e sempre falei que deveríamos receber um adicional insalubridade, pois corremos riscos.

Eu estava acostumada com uma briga ou outra, de vez em quando, mas isso tem acontecido todos os dias, junto com palavras, como "arrombado", "fdp", "buce**" e tantas outras...

Aliás, "FDP" é a expressão mais simples que ouço.

Não estou acostumada com isso, não fui criada assim, não aguento o desrespeito contínuo e a soberba de adolescentes de 11, 12, 13, 14 anos, que acham que o mundo gira em torno do umbigo deles.

Já estava cansada da sociedade alienada achar que temos tempo para doutrinar alguém, agora, cada vez mais, tenho que lidar com essa hostilidade, violência, desrespeito e perda da saúde dia-a-dia.

Cada vez me medicando mais, cada vez perdendo a voz mais cedo e querendo chegar em casa logo, apenas para descansar e me desligar desse barulho, dessa loucura, desse looping que não tem fim.

E tudo porque tenho que honrar meus compromissos financeiros, tenho contas fixas e dependo apenas de mim para viver, comer, ter um teto.

Não sei quanto tempo mais vou aguentar isso, mas sinto que não por muito tempo.

Deus e Rivotril me ajudem!!! E isso não é piadinha, é real!!!