Derby Vermelho

Calma, não fumo.

Quer dizer, de vez em quando sim.

Mas resolvi parar de vez, mesmo os fumos esporádicos, pois estou com uma gripe horrível, sem voz.

Ontem fui parar no hospital, com febre, sem voz, passando mal. Fiz vários exames e, mesmo estando mal e com os pulmões dilatados, a médica disse que é um gripe muito forte. Me encheu de remédios e me deu o dia, que eu já havia perdido no hospital do convênio.

Hoje estou de volta ao trabalho, com voz de quem fumou Derby Vermelho a vida toda, com febre, mal estar, sem internet, sem uma parte do teto, que desabou no final de semana (falarei sobre isso em outro post).

Estou me sentindo péssima, mas ainda tenho que encarar mais seis aulas. E tudo isso, usando o material digital do governo, sem ter internet disponível tendo, mais uma vez, que bancar internet pro governo, roteando a minha.

Sério, já estou cansada disso!!! Dessa vez, parece que mudaram as senhas de todas as redes e sequer avisaram aos gestores das escolas.

A situação é cada vez mais precária, como minha saúde e como as escolas como a minha, que tem mais de 70 anos, fiação velha que não suporta nem o nosso modelo de tomada atual.

É triste, muito triste.

Mas o que importa é que na TV, tudo é muito lindo, perfeito, e funciona muito bem...

Acho que vou fumar um Derby para me acalmar... Mentira!!!rs

Insalubridade!!!

Hoje cheguei no meu limite... Mais uma vez!!!!

Eu nunca tinha me dado conta do quão violento e hostil é meu ambiente de trabalho.

E não falo da gestão de onde estou, pois são maravilhosas, mas das pessoas a quem tento ensinar.

Você pede para aluno sentar e ele não se senta. Quando você olha no fundo da sala, vê um garoto e uma garota brincando de se estapear na cara e, quando peço para parar, riem os dois dizendo que estão brincando.

Peço para ver os cadernos, para tentar fechar as notas do bimestre e eles não me ouvem, pois estão se xingando, dando mata-leão um no outro e fingindo que não existo.

Eu sei que esses jovens se sentem os donos do mundo e estão "cagando" para a educação, para os professores e sempre falei que deveríamos receber um adicional insalubridade, pois corremos riscos.

Eu estava acostumada com uma briga ou outra, de vez em quando, mas isso tem acontecido todos os dias, junto com palavras, como "arrombado", "fdp", "buce**" e tantas outras...

Aliás, "FDP" é a expressão mais simples que ouço.

Não estou acostumada com isso, não fui criada assim, não aguento o desrespeito contínuo e a soberba de adolescentes de 11, 12, 13, 14 anos, que acham que o mundo gira em torno do umbigo deles.

Já estava cansada da sociedade alienada achar que temos tempo para doutrinar alguém, agora, cada vez mais, tenho que lidar com essa hostilidade, violência, desrespeito e perda da saúde dia-a-dia.

Cada vez me medicando mais, cada vez perdendo a voz mais cedo e querendo chegar em casa logo, apenas para descansar e me desligar desse barulho, dessa loucura, desse looping que não tem fim.

E tudo porque tenho que honrar meus compromissos financeiros, tenho contas fixas e dependo apenas de mim para viver, comer, ter um teto.

Não sei quanto tempo mais vou aguentar isso, mas sinto que não por muito tempo.

Deus e Rivotril me ajudem!!! E isso não é piadinha, é real!!!

De volta ao trabalho

    Não tenho nem imagem para ilustrar isso...

    Hoje voltei ao trabalho, depois de vinte dias afastada por Burnout e Transtorno de Ansiedade Generalizada. 

    Estava preparada? Não!!! Mas estou aqui.

    Tive duas crises de ansiedade, mais algumas crises de choro por emoção pela recepção dos alunos, com presentes, abraços e palavras de carinho e mais uma crise pela frieza de quem deveria mostrar liderança e zelar pela saúde mental e física de seus colaboradores. Ainda mais por saber que prepararam uma festinha de boas vindas para mim e a liderança disse não que havia motivos para isso.

    Triste saber que doenças ligadas à saúde mental não são encaradas como doença e não são vistas com seriedade ou então são vistas como frescura ou "mimimi".

    Aliás, o que mais ouvi nesses dias de licença foi sobre acreditar ou não em Deus, como se só isso fosse me salvar ou me curar dessas doenças que me acometeram.

    Ninguém pergunta a um asmático ou alguém que tem algum tipo de câncer se este acredita em Deus ou se está rezando o suficiente. Por que então o fazem frequentemente a quem tem Depressão, Síndrome do Pânico, Burnout, TAG e outras doenças do mesmo segmento?

    As pessoas precisam pesquisar mais e procurar estudar, entender e saber que não escolhemos passar por isso porque queremos e que é uma condição difícil, complicada e que dói demais.

    Empatia, acolhimento, cuidado e mãos estendidas ajudam muito mais do que julgamentos ou questionamentos sobre a fé. Fica a dica!!!

Burnout

 

Dia 15/09/23 voltei a fazer terapia. Precisava demais...

Poucos minutos de conversa com a terapeuta e ela disse que estou com todos os sintomas de Síndrome de Burnout. Conversamos e ela me deu um monte de papeis com sintomas e pediu que eu lesse e colocasse quais eu identifico no meu dia-a-dia.

Acho que nem precisaria dizer que identifiquei a maioria.

Estou completamente exausta e sufocada.

Sei que já falei isso no post anterior, mas é a verdade e não consigo mais esconder de ninguém.

Não tenho energia para nada, nem para limpar minha casa. E olha que eu tenho mantido sempre limpa e arrumada. Tenho dado só um "tapa" e às vezes a louça fica dias lá para lavar.

Sinto vergonha mas, ao mesmo tempo, não sinto a mínima vontade de fazer nada.

Tenho tentado escrever para colocar para fora, mas nem isso mais tenho vontade de fazer...

Bem, é isso!!!

Epifania...

    E quando você está numa sala de aula, olhando para seus 44 alunos, alguns fazendo atividades, outros não, e percebe que aquilo não faz mais sentido algum na sua vida? E pior... Faz tempo!!!

    Agora há pouco estava limpando as lágrimas que escorriam enquanto os alunos vinham me mostrar seus desenhos e eu tentava conter para que não percebessem o estado de esgotamento em que me encontro. 

    Nunca me senti tão mal quanto agora. Não tenho memória, não tenho energia, não tenho vontade de fazer nada, nada nada, a não ser dormir.

    Eu já sabia que minha saúde mental estava se esvaindo à medida que minha profissão fazia aniversário, mas cheguei ao ápice. Juro!!!

    Me sinto refém, pois continuo lecionando por precisar pagar minhas contas, meu apartamento, honrar meus compromissos financeiros.

    Ouço o tempo todo sobre "socioemocional" e como trabalhar isso com os alunos. Acho que essa palavra nunca foi tão dita como nos últimos três anos. Aliás, como no último semestre. Não aguento mais, pois na prática, só vale para os alunos mesmo. Os professores continuam sobrecarregados, cheios de afazeres, com seus direitos cada vez menores e com cobranças absurdas e esmagadoras.

    Uma amiga diz que estou com Burnout faz tempo e que preciso tratar isso. Eu até acredito que esteja, pois realmente tenho tido apagões consideráveis de memória, cansaço excessivo, dificuldade de concentração, desânimo, dores de cabeça, vontade de ficar isolada e mais um monte de coisas que têm a ver com a doença, mas também não tenho tempo e ânimo de ir atrás disso pra ver, pois também não posso ficar faltando no trabalho, já que não tenho falta aula mais. 

    Olha, de verdade, preciso dar um rumo na minha vida. Já aguentei tempo demais e pode ser tarde demais também pra isso, já que vou fazer 45 anos daqui a 10 dias, mas se eu não fizer algo, vou acabar morrendo...

    Ser professor nesse país é horrível. Só quem é, sabe como é!!!

I'm back!!!

Oláááááá.

Nossa, quanto tempo que não passo aqui.

Estava mexendo nas minhas coisas antigas e achei esse blog jogado às traças.

Pensei em apagar as postagens antigas, mas ainda não estou certa disso.

Pensei em mudar o nome, mas eu gosto dele.

Tem um nome e uma imagem muito importantes para mim e, de certa forma, representa o que passei nesse tempo em que fiquei afastada.

Tempo de transição, de perdas, ganhos, revelações e muita transformação.

A última vez que escrevi foi em 18/11/2011.

Quase seis anos depois, estou aqui, atualizando.

Nesse tempo eu fiquei loira, "casei", morei no Sul, engravidei, perdi o bebê, rompi os ligamentos do tornozelo, separei, voltei a andar depois de cinco meses, fiz minha primeira viagem internacional, comecei a correr, conheci pessoas muito legais e outras nem tanto, emagreci 17Kg, perdi amizades antigas, fiz novas amizades, me enganei com pessoas, me apaixonei depois da separação e depois desencanei (por duas vezes...rs) tive anemia, parei de correr, de treinar, cuidei da minha mãe, que ficou doente, fiquei com preguiça de voltar a correr e isso me fez engordar 8Kg (porque além de não correr, voltei a comer pra caramba), fiquei morena, tive pedra na vesícula, operei e aqui estou, depois de duas semanas da cirurgia, me recuperando e refletindo sobre muitas coisas.

Aliás, essa cirurgia veio bem a calhar, pois precisava de um descanso, voltar a comer coisas saudáveis e emagrecer, o que está dando certo.

Faz 18 dias que operei e já emagreci 4,2Kg. 

Espero continuar nesse ritmo, já que não poderei fazer atividades físicas por um bom tempo.

Segundo li, atividades leves só depois de um mês e corrida só depois de três.

Achei muito tempo, mas no final do mês levo o resultado da biópsia para o médico poder me dar alta e já tiro as dúvidas com ele.

Sobre a reflexão que eu fiz (e ainda não terminei), vou colocando aqui aos poucos, mas me surpreendi com algumas coisas. Pessoas que eu nem imaginava, me ligaram, mandaram mensagens para saber como estava minha recuperação e pessoas que estão perto e que eu imaginei que viessem me ver, sequer apareceram ou mandaram uma simples mensagem perguntando "Como vc está?".

Mas é assim  mesmo!!!

A gente se entristece, fica chateada, magoada, mas a vida continua e a gente segue o jogo.

São coisas que a vida nos dá para que possamos abrir os olhos, selecionar melhor ou refletir nas atitudes. Sei lá.
Apesar que, quando estamos doentes ou com dor, ficamos mais manhosos e carentes também, vendo tudo com mais drama...hahaha

Bem, é isso... 

Espero não ficar tanto tempo longe daqui e espero que vocês voltem a me visitar, pelo menos virtualmente.

Beijos e ótima semana a todos.

Set Fire, Adele!!!!

Olá, povoooo

Tudo bem com vocês?

Nossa, abandonei mesmo isso aqui.

Aconteceram várias coisas nesses meses e não sabia como colocar em palavras as situações pelas quais passei, o que vivenciei, o que vi e o que senti.

Mas agora estou de volta.

E para falar de algo que amo muito: MÚSICA!!!

E, novamente, o assunto será... ADELE!!!

Clique na imagem para ampliá-la

É de conhecimento de todos que esta grande intérprete teve de se afastar dos palcos para passar por uma cirurgia, pois teve sangramento nas pregas vocais (não, não são cordas, são pregas mesmo) e agora está se recuperando para voltar a fazer seus shows e, quem sabe, vir ao Brasil.

Antes de se afastar, Adele fez um show no Royal Albert Hall, em Londres. O show aconteceu em 22 de setembro deste ano houve a gravação de um DVD, que será lançado em 29 de novembro. 

Clique aqui para assistir ao Trailer

Não vejo a hora de ter o meu em mãos e saboreá-lo por completo, pois só o trailer e o primeiro vídeo divulgados já dão água na boca e nos fazem morrer de vontade de ouvir suas músicas sempre, sempre e sempre, assim como tenho feito.

Adele - Set Fire To The Rain (clique para assistir)

Bem, não tem mais o que dizer: ADELE sim, é uma verdadeira DIVA e merece os palcos do mundo inteiro.

E eu estou só esperando que ela pise num palco brasileiro para que eu a veja de pertinho.
É isso, pessoal.

Tenham um ótimo final de semana e curtam muito.

Beijos e até a próxima

Fê 
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